quarta-feira, dezembro 05, 2007

ÚLTIMA POSTAGEM AQUI. AGORA POSTAREI SEMPRE NO:



terça-feira, dezembro 04, 2007

Campanha: Surpreenda Fernandinho e o deixe Feliz.

É SIMPLES: É SÓ COMPRAR O LIVRO PELA INTERNET E MANDAR PARA:
CAMPANHA FERNANDINHO
RUA DA PASSAGEM, 146/613
CEP. 22290-030
BOTAFOGO. RJ - RJ.
E NÃO ESQUEÇA DO CARTÃO. É DE BOM TOM.






coisa p/ revista.

Acho que antes era tudo melhor. Não tudo TUDO. Mas algumas coisas. É claro que não havia o computador e sua pornografia grátis e maravilhosa. Mas acho que, na média, era melhor. Sei lá. Amar era mais fácil. E acho que odiar também. Era só odiar alguém que não fosse da sua tribo e tudo certo.
Mas tô mesmo falando isso por causa dos bandidos. Isso mesmo: dos bandidos. Tenho lá os meus momentos. É que estive pensando e aí fico nessas. E estive lendo também, o que é ainda pior porque faz com que eu pense achando que sei pensar. Deixa pra lá. Volto aos bandidos.
É que antes os bandidos tinham que ter habilidade. Tinham que ser uns caras bons de briga e tal. Podiam ser bons com facas ou navalhas. Ou ainda com espadas. Imagina só que romântico o cara vindo te roubar com uma espada prateada e brilhante que refletia a lua cheia porque o fio era mesmo muito afiado. E pensa bem. Usar uma espada não é simples. Ainda mais uma dessas que cortam papel. O cara com a espada tinha que ser mesmo muito bem treinado. Questão de sobrevivência.
Seja como for é como essas histórias que a gente lê ou vê no cineminha que é mais simples. Tem o Madame Satã. Bandido sim, mas admirado porque era bom capoeira e porque só usava navalha. Nada de armas de fogo. Madame Satã era um romântico até onde eu sei. Saia na mão com 5 e acabava com eles. Preto e bicha da pesada. Se garantia no braço e nas pernas e achava desleal esse troço de arma de fogo. Porra! Genial. Eu ficaria do lado do Madame Satã. Um cara que derruba 5 é sempre bom ter como amigo.
Que seja o Billy, the kid. O americano que morreu aos 21 com 21 assassinatos, segundo a policia. E policia, agente sabe, nunca sabe de tudo. Ou o que sabe, esconde. Fora que, na época dele, eles só contavam os americanos mortos. Nada de contar os pretos ou mexicanos. Essa gente nem era gente nessa época. Outros tempos e outras desvantagens.
Mas o Billy, the kid também era habilidoso. Atirava como ninguém. E não sei quantos tiros tinham uma pistola dessa época, mas com certeza não eram 8 com 1 no pente. E ele acertava bem. Fazia mira como poucos e matava sem muita frescura. Nada de desperdiçar balas ou pólvora. Ou alguém acha que no faroeste eles tinham 2 armas no coldre pra fazer boa figura?
Mas hoje é essa merda. É apenas uma questão de grana e poder. Só isso. Nada de habilidade. Um idiota compra uma merda de sub-metralhadora e aperta um botão que dispara tipo 100 tiros por minuto. Porra. Isso não vale. Cadê a classe? Cadê a elegância de um bom capoeira porrando 5 imbecis? Ou mesmo um mestre do tiro que acerta a cabeça sem auxílio de mira de precisão a 100 metros de distância?
Agora acabou isso. Bandido vem e é no cano. Cano grosso que dispara 1000 balas por segundo. É apertar o gatilho e atirar pra frente. Bem simples, se pensarmos bem. Então, pensando assim, antes era melhor. Até os bandidos tinham essa áurea do valor das coisas que se aprende: seja atirar, seja fazer um bom sapato. Tenho a ilusão que nessa época as coisas aprendidas tinham mais valor.
Hoje qualquer idiota fala inglês e tira vantagem disso. Hoje qualquer mequetrefe compra uma metralhadora pra se divertir no cinema. Qualquer 1 com alguma grana é capaz de fazer uma merda enorme. É só ter grana que se faz um estrago. Sorte que a maioria que tem essa grana não faz. Não ainda, pelo menos.
De qualquer maneira eu imagino outras coisas também. As virgens loucas que lhe esperavam. As mulheres mansas. Os homens leais e dignos. É, deveria ser ótimo. Mas sorte que digo isso estando aqui. Prefiro assim: as virgens sempre me assusturam, afinal.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

CHICO BACON - CLICACÁÓPÁ!


sábado, dezembro 01, 2007

sobre os sonhos.

Então era simples. Era só eu me sentar na frente da tela branca e brilhante e esperar que os pequenos milagres acontecessem. Juntava umas letrinhas, fazias umas frases e terminaria uma história, uma saga, um romance. A porra toda eu seria capaz de fazer.
Eu teria um quarto bem bacana numa cidade a uns 50 km daqui. Seria uma casa de 2 andares e o meu quarto seria todo de vidro. Eu veria as árvores e os bichos e os passarinhos que eu só veria porque, graças ao bom Deus, o vidro seria à prova de som. Um silêncio de morte, belíssimo, que só seria interrompido pelos meus dedos nas teclas ou pelo isqueiro ou pelo barulho discreto da brasa do cigarro queimando no cinzeiro. As vezes eu poria uma música que viria de caixas bem distribuídas e embutidas no meu quarto transparente e limpo. Duas mesas largas e distantes uma da outra. Uma estante com poucos livros, só os da vez. Uma poltrona azul com uma luz grudada para as horas de leitura. E desse quarto, além da árvores e dos bichos e dos passarinhos, eu veria a estrada, de forma que eu sempre saberia quando alguém estivesse chegando.
Eu ficaria nesse quarto pela tarde e por um período da noite. Das 15:00 às 19:00 e das 23:00 às 2:00. Esse quarto seria chamado pelas crianças como o 'escritório do papai' e, alguns dias, elas ficariam na outra mesa desenhando e rabiscando papéis. O meu acordo com as crianças é que se elas quisessem ficar alí, teriam que ficar quietinhas. E de vez em quando eu olharia pra elas rabiscando e elas falariam: 'eu tô quietinha, pai' e eu diria 'eu sei, eu sei, mas agora eu quero lhe mostrar uma coisa'. E então eu mostraria umas coisas pra elas e as deixaria falar bastante e mexer nas coisas que geralmente eu não as deixava mexer. E teria dias que ficaria com as 3 alí e quando tivesse ficando escuro elas perguntariam o que eu achava de chamar a mamãe e eu diria 'ótima idéia' e nós 5 ficaríamos no quarto de vidro.
A gente apagaria todas as luzes da casa e ficaríamos deitados no chão do quarto de vidro e faríamos jogos de associação e cantaríamos músicas e inventaríamos histórias de terror. E a gente ficaria cansado de tanto falar e ficaríamos em silêncio por 10 ou 20 min.
Depois disso o do meio cochicharia no meu ouvido e eu diria 'boa idéia' e ele levantaria e elas perguntariam 'o que? o que ele vai fazer?' e eu diria que 'era segredo e que todos nós teríamos que fechar os olhos e deixar ele fazer o que tinha que fazer'. O do meio assobiaria o tempo todo enquanto fazia o nosso combinado, porque ele sabia que ninguém podia saber o que ele estava fazendo ou a graça acabaria. Isso aconteceria às 22:04. E às 22:06 o do meio viria eufórico pra perto de nós e diria: 'silêncio, silêncio, olhos fechados!'.
Ele teria posto uma ópera terrível, com muitas vozes e violinos agudos e aterrorizantes. Nós todos riríamos e ele insistiria dizendo: 'só não vale abrir o olho'. E a menor agarraria minha perna e a outra agarraria a menor e a mamãe abriría os olhos e me daria um beijo. E a ópera terrível acabaria e os 3 estariam dormindo sem terem sequer tomado banho.
Eu e ela os poríamos nas camas que ficariam no mesmo quarto, pois a gente sempre tinha achado importante que nesse início era bom que eles dividissem os espaços. 1 cama e 1 beliche. A parte de cima do beliche seria sempre revezada a cada ano.
Depois a gente desceria e abriria um vinho. Beberíamos 1 copo sentados sem falar e lambiscando um queijo e uns salgadinhos que eram das crianças.
Eu a convidaria para ir ao quintal e ela sorriria e daríamos as mãos e beberíamos o resto da garrafa no gargalo, tomando cuidado para não rir muito alto. Ela me falaria 1 milhão de coisas e eu só concordaria com tudo. Nôs beijaríamos sem muito tesão, mas com um prazer imenso de levar a vida que levaríamos. Fecharíamos a casa e iríamos pro quarto.
Eu escovaria os dentes e ela faria xixi enquanto ainda lembraríamos de umas coisas e riríamos. Ela tomaria 'uma ducha relaxante' antes de ir se deitar. Ela sairia com uma toalha enrolado no corpo e outra no cabelo. Diria que resolveu lavar os cabelos. Eu diria 'sim, sim' e pediria pra ela dormir nua do meu lado e com os cabelos molhados. Ela sorriria e viria até a cama e dormiríamos agarrados e sem fazer amor. Dormiríamos à 1:20.
De manhã eu acordaria antes e lavaria a minha cara. Quando saísse do banheiro eu a veria esparramada na cama e me juntaria à ela. A gente faria amor de manhã.
Apenas um pouco antes das crianças acordarem e se juntarem à nós.

sobre mim.

Não me fale nada que eu não entenda.
Prefiro sua palavra direta e certeira.
Não dê margem para que eu invente o que você não fala.
Minha invenção é sempre cruel:
pra ti e pra mim.
Diga sendo bem direta
que
eu sempre serei honesto.
O máximo que eu posso fazer é
responder
o que você não esperava
como resposta.
Mas paciência: eu já disse que não minto.
E por mais que não pareça
é mesmo tudo verdade.
Eu sei de coisas que não poderia
eu sei dos meus ciúmes infantis.
Eu sei de mim

que se repete
e sei de mim

que gosta
da repetição.
Nunca gostei de quem não sabe o que quer.
Nunca admirei quem acha que tudo pode ser
porque tudo é relativo.
Gente assim sempre me pareçeu desesperada
e desespero é curioso, mas raramente inteligente.
E admiro a inteligência que não se poupa,
admiro os vaidosos que se enganam.
Prefiro os idiotas convictos aos idiotas sensíveis.
Questão de gosto.
Sempre é,
não é?

sexta-feira, novembro 30, 2007

lembrança:

A cabeça lenta rodando. E uma puta dor nas omoplatas. E a memória do médico me dizendo: "alguma hora seu ombro vai cair, mas não vale a pena operar". E isso já faz dez anos ou pouco menos, oito que seja.
Lentidão boa pra escrever e pra falar sozinho. Ou invento ou conto história. Tanto faz, não é?


Lembro da boca carnuda e da única língua que beijei e que tinha piercing. Aquele troço geladinho roçando dentro da minha boca. Era bom. A língua já era boa. Nem fria, nem áspera. Uma quantidade exata de saliva. Ela era alta. Talvez pouco mais alta que eu. Loira e gostosa. Era o estereótipo da adolescente rebelde, mas tinha coisas dentro da cabeça. Surpreendia as vezes.

A sacanagem tinha começado com um baseado grande que a gente tinha fumado. Eu ainda morava em São Paulo. Depois do baseado a gente pôs música e cantou. E daí, e não lembro bem como fomos parar lá, a gente tava no banheiro. Era um banheiro grande e branco que tinha até banheira. Lembro que a Arminda esquentava água no fogão pra tomar banho de banheira.

Mas o que quero dizer é que a gente tava lá. Eu e ela. Eu e a Cássia, que era o nome dela. Eu, no meio da euforia da maconha, tinha inventado um jogo. Um jogo bem idiota e adolescente que eu tinha inventado porque facilitava a sacanagem que já tava rolando. Era simples: a gente fazia fotos. Isso mesmo: fotos. Como aquele exercício de teatro que tem no livro do Boal. E aí a gente tava no banheiro e fazia essas fotos diante do espelho. Eu fazia uma posição e congelava e ela encaixava na minha posição e congelava também. A gente ficava um tempo congelado junto diante do espelho e fazia uma nova posição, sempre invertendo quem começava. Bem simples. Bem legal. Aí eu encaixei e peguei num peito dela, o direito se não me engano. A gente congelou. Tirou a 'foto' e continuou com a brincadeira: Boca aberta. Língua no buraco da boca. Foto. Língua pra fora. Boca chupando língua. Foto. Mão na pia. Mãos nos ombros. Foto. Mão no pau. Peito esquerdo pra fora. Foto. E etc e etc.

Sei lá quanto tempo o jogo durou. Mas a gente tava chapado e se divertindo de verdade. E também éramos novos e metidos. Achávamos inteligente aquele tipo de jogo. Eu devia ter 18 e ela 17 ou 18 também.

Daí eu não lembro bem como, mas lembro que a gente tava na varanda que tinha no ap. e que ficava no quarto que a Mari e a Minda dormiam. Lembro agora que a gente bebia cerveja também. Lembro das latas no parapeito da janela. E a gente falava e falava e falava. Éramos novos e metidos, enfim.

E eu lembro que na varanda eu tentei beija-lá e ela resistiu. E rapidamente eu entendi que ela continuava com o espírito de jogo do jogo de antes e segui essa lógica. Eu lhe roubava uns beijos melados e ela resistia. Eu insistia fazendo minha parte do jogo. Às vezes a gente se beijava e se roçava por minutos longos e prazerosos. Beijos e lambidas e apertos e mãos na bunda e no peito e no pau e no cabelo, etc. Aí ela fazia a parte dela e a gente voltava a falar e falar e falar. E isso durou bastante tempo. Não lembro o quanto. Mas era bastante tempo. Ainda mais com maconha que muda tudo.

Era meio fim de tarde, não era bem noite. Tava só eu e ela na casa. Não lembro onde os outros estavam. Então teve essa hora mais louca. Quando os beijos duraram mais e eu tirei o peito esquerdo dela pra fora e começei a chupar. Peito pequeno e bonito de uma loira. O mamilo mais escuro do que eu tinha imaginado, mas ainda assim delicioso e ficando duro com a minha saliva.

Mão no pau, mão na buceta e ela explode falando que isso não está certo. E começa à fugir de fato e sai da varanda e pega sua bolsa e vai até a porta e bate a porta e some no elevador velho do prédio velho e escuro.

E acabou a história. E acabou a lembrança.

E eu nem acho a Cássia no orkut.


quinta-feira, novembro 29, 2007

uma amiga esperta me mandou isso:

Fê, seu merda, é simples... Se garante aí, que eu me garanto aqui, e a gente se garante enquanto nós... vc é meu anjo, e eu sou uma péssima pessoa a ser "protegida" pq sou prepotente e arrogante... e se mentimos ou não nada disso importa, pq todos mentem, ganha quem inventa a melhor historinha. No mais, só uma coisa importa, algo genial que vc escreve pq são três palavras só que não dizem nada além daquilo que todos nós precisamos todos os dias... SIM, SIM, CONTINUE!
E além de tudo, sei que vc mente demais, e assim mente a sua própria agonia... Eu não caio nessa...

http://www.mirancartum.blogspot.com/

É IMPRESSIONANTE COMO O MIRAN É FODÃO. PENA NÃO DÁ PRA COMENTAR NO BLOGUE DELE - NUNCA ENTENDI BLOGUES QUE NÃO PERMITEM COMENTÁRIO. MAS QUE ELE É FODÃO É. E O TÍTULO DADO POR ELE É:





(o pior é que eu me identifico com a galinha)

pra ela.

Perdoe minhas faltas, minha querida. Era disso que eu falava, enfim. Eu assim, sem saber o que fazer com as coisas, mas ainda tendo um prazer imenso quando lhe vejo por perto e me olhando. Não quero machucar uma moça tão bela como você é. Pois, ainda que negue, você é sim uma moça. Uma moça delicada que foi educada para as grandes festas do Rotary Club. Pode parecer deboche, mas nem é. Gosto de perceber suas fraquezas belas que esconde apenas por ser metida à moderninha.
Então eu insisto em dizer o que digo agora e digo sempre: fique por perto e me leve no bico, as vezes nem sou tão distraído quanto aparento. Reparo em tudo que faz e em todos com quem fala. Você fala com muitos, por sinal. E se me solto eu ataco todos e banco o ignorante. Sou um antiqüado machista e obsessivo. Sou eu mesmo como eu já disse antes.
Perdoe minhas faltas, meu doce. Ainda gosto da gente nu e falando e falando e falando. Eu sou mesmo uma mulherzinha, como você disse. Sou uma mulherzinha machista, mas ainda assim uma mulherzinha. Os pitis são seus, já que assume que é mesmo pitizenta. Eu não tenho problemas com isso e, confesso, até gosto do arroubo louco que quase me estraga o sofá cama.
Seja como for eu repito de novo: não queira muito de mim e me leve no bico. Sou mais manipulável do que imagina. E mais que isso eu não posso dizer já que sei que amanhã, ainda cedo, você vai ler as bobagens que escrevo.

" meu silêncio é triste
minha mentira é falsa
eu ainda lembro de tudo
que me disse dessa bosta."

quarta-feira, novembro 28, 2007

Sensibilidade Matinal.

Merdas, vermes e merdinhas comendo as laterais do meu pulmão.

É essa a minha vantagem diante dos meus inimigos.

(inimigos? que inimigos?)

Eu rindo da minha cara inchada e raivosa.

Meu umbigo largo e cheio de suor.

(à parte)

E ando com uma preguiça cretina de tomar banho,

tá certo,

eu sei o bem que um bom banho me faria,

mas mesmo assim eu não tomo o bom banho.

Não nos últimos 3 dias, pelo menos.

Tirar a craca de suor que se acumula em minha barba me soa algo estúpido agora.

Acho que sou um cara passional,

pelo menos quando penso

nas justificativas que invento

pra mim mesmo

pra deixar de tomar banho.

'

E sinto essa coceira louca no pulmão.

É sim no pulmão,

pois posso dizer,

depois de anos fumando cigarrinhos

que sou mesmo capaz de reconhecer quando algo acontece ali.

Seja como for eu coço minhas costelas

e fumo de novo.

A gente combate o vírus com o próprio vírus, não é?

'

terça-feira, novembro 27, 2007

Dylan: a biografia


Então terminei a biografia do Bob Dylan. É bem triste, na verdade. Apesar de ele ter conseguido tudo o que quis. Ele sempre quis ser um Astro do Rock. Foi bem sucedido, não foi? E ele é bom. Tem grandes músicas e tudo o mais. Na verdade começei à consumir ele a pouco tempo, mas sou capaz de perceber umas genialidades que ele tem. Seja como for tem qualquer coisa de melancólica na biografia dele. Porque ele é um isolado, com um nível de desconfiança do mundo que me parece maluco. Sei lá. O lado de se isolar nem me pesa tanto, mas o fato de ele ser um tipo desconfiado porque, enfim, ele é quem ele é me parece de uma solidão sem fim. Imagina você não saber se as pessoas se aproximam de você porque você é o B. D ou porque simplesmente foram com a sua cara. Deve ser uma tortura isso. E, nesse sentido, parece lógico ele se isolar e tudo o mais.

E tem uma coisa bonita no livro. Que é meio que uma especulação do autor, mas que é, de qualquer forma, uma ótima especulação. Ele comenta o fato do B. D fazer muitos shows por ano, 100 ou mais. B. D não precisa disso financeiramente, certo? Não mais, pelo menos. E então vêm a especulação que ele faz e que eu acho ótima: B. D fica na estrada pra não ter que viver sua vida real, sua vida de B. D que não pode sair como se fosse qualquer um. E por isso ele fica tanto na estrada e se isola tanto. Sei lá.

Talvez nem seja assim. Talvez B. D seja um sessentão tranqüilo e bom de papo. Talvez ele tenha seu mundo particular calmo e com alguma paz, que é o que todos queremos(mais do que a felicidade a gente quer é paz).

Mas seja como for vale a pena ler. Nem que seja apenas para grifar uma frase como essa:

(ex namorada sobre b. d)

" Ele gosta de jogar e fazer mistério de coisas que não precisam ser escondidas"


segunda-feira, novembro 26, 2007

Agora tenho mais trinta livros para ler,
mas minha alma continua embotada.
Minhas pernas insistem em formigar e
minha panturrilha esquerda dói.
No estômago uma pontada longa que eu
achei que passaria depois que comesse,
mas que não passou.
Chupo balas de caramelo para que o açucar me ajude,
deito com outro livro na cama
e meus olhos correm pelas palavras
e penso que ler é o que faço melhor:
sem pressa, deixando as palavras irem
ou entrarem.
Por causa do formigamento leio com minhas pernas para o alto
e nessa posição reparo
na grande massa disforme
que é a minha barriga.
Meus pêlos suados e meu umbigo enorme.
É difícil gostar de si em certa posições.

sábado, novembro 24, 2007

sobre você.

Gosto de você e da sua delicadeza. Gosto do seu desespero adolescente mal disfarçado. Gosto da sua insistência e também das suas loucuras todas, pois mulheres sem loucuras não me parecem mulheres. Gosto de poder te acalmar, de poder dizer coisas que te ajudam a seguir. Gosto de imaginar que isso seja verdade.

( E agora lembro que P., após nosso fim, começou a consumir as coisas que eu consumia e sempre falava pra ela. E lembro que quando eu soube disso eu fiquei muito feliz, mas, ao mesmo tempo, percebi como isso era maluco e não entendia porque apenas depois do fim ela resolveu me consumir através dos meus gostos. Coisa que se ela tivesse feito durante teria me deixado fascinado e medroso, que é como os homens ficam com certas atitudes. )

E por todas essas coisas tenho lá meu receio. Porque não tenho nenhum interesse em estragar sua vida. Há mulheres que eu magoaria sem muita piedade, mulheres que eu usaria por conveniência de homem que gosta de ter mulher por perto. Não tenho problemas com isso. Já fiz isso e não sinto culpa de magoar uma certa espécie de gente que existe aí. Tem gente que gosta de ser magoada para poder justificar a dor que sempre sentiu. Eu não me incomodo de alimentar essa gente. Não mesmo. Eu acho que faço o bem pra essa gente quando as magôo.

Mas seja como for não é esse o seu caso. Não quero te usar por conveniência. Não acho que você seja esse tipo de gente. Eu te imagino daqui a uns anos de maneira brilhante. Sacando quem é e com força de topar e encarar as merdas que caem do céu. Seus olhos, então, serão ainda mais bonitos. Sua pele estará melhor do que nunca e quando me encontrar, por acaso no meio da rua, você dirá: é verdade, você tinha razão.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Eu não esperava que isso fosse assim nem nada. Eu nem esperava nada. Eu tava parado e ela falou comigo. Ela era bonita. Muito bonita se se pensar nas mulheres que aparecem no Coimbra. E eu tava no balcão, penúltimo ou ante penúltimo banco como sempre. Ela lá na ponta me sorrindo. Porra. Mulher bonita no Coimbra já não é certo. E sorrindo pra mim.
Até aí tem sempre um monte de gente maluca no mundo e ela podia ser parte dessa turma. Não sei, nunca se sabe. Mas seja como for ela veio. Sem nenhum esforço da minha parte.
Ela puxou assunto. Ela contou histórias. Ela insistiu. Eu fui bebendo mais e ela dizia coisas. Coisas que de modo geral me agradavam. Não sei: ela alí sendo simpática e eu usufruindo do álcool.
Seja como for ela continuou sua história por 1 hora. Eu mais ouvia do que falava. Era assim que devia ser. E foi tudo ótimo: as histórias dela e a merda da surpresa toda.
Mas aí, na hora dela ir embora (no meio de uma das histórias ela já tinha dito que teria que ir) ela me chamou pelo nome. Meu nome. Meu nome mesmo que acho que nem o Coimbra sabe. Ela disse, depois de dar tchau: eu apareço de novo Fernando. E foi embora com seu rebolado louco em direção à São Clemente.
Eu tomei mais uma. Tentei processar e não consegui. O Coimbra abriu a garrafa:
- Gostei da sua amiga...
- Eu também, Coimbra, eu também.

http://www.mirancartum.blogspot.com/

BOM PRA CARALHO.

O TITULO DADO É:

"LINHAS PRONTAS PRA CRUZAR".


quinta-feira, novembro 22, 2007

Eu eu eu.

É bem simples. Tenho lá meus sistemas e minhas manias. Fico aqui. Faço o que faço aqui. É assim que eu quero e isso não é ser frio e sim ser eu mesmo e etc. Gosto de ser eu mesmo e disso todos sabem. Ou deveriam saber. Mas seja como for é o que é e prefiro assim.
Sou egoísta nesse sentido, mas nem ligo. Não por isso. Isso é meu direito de ser e de dizer dane-se. É claro que isso é também uma mentira. Como todo o resto pros espertos que sabem de fato das coisas que não digo. Mas seja como for é sendo falso que eu me prefiro. E que fique claro que levo minhas preferências à sério.
No bar sim a vida existe. Tenho que chegar lá pra ver qual é. Os bêbados de verdade tomam sua cachaça com limão. Tenho que chegar lá! Os caras tomam essa porra a noite inteira. É uma maravilha. Um mundo. Ficar bêbado com 3 reais tem lá sua esperteza. Eu sou o idiota da cerveja. Sempre fui e toda vez que me arrisquei com cachacinhas ou catuabas deu merda. Sou fraco por natureza. Mamãe e papai sabem disso e se preocupam também. Mas esse é o papel deles e tá tudo certo porque a gente se gosta e se dá bem e, por incrível que pareça, nunca minto pra eles. Tenho lá meu senso de justiça.
Mas seja como for importa que tudo tá caminhando com pernas tortas ou não. A gente segue e segue mesmo e , nesse sentido, eu sempre vou seguir. Não por nada. Não porque acredite num futuro melhor. Mas porque não tem opção mesmo. Ou segue ou morre. E definitivamente eu não quero morrer. Não mesmo. Continuo achando a morte uma coisa chata e sem porquê. E se matar pode ser até comovente, mas vamos combinar, que o suicida é um cara sem nenhum senso de humor. E gente sem humor é um saco. Minha conclusão fica: quem se mata é porque era tão chato e sem graça que só poderia mesmo se matar.
E tirando as piadinhas do texto e a vaidade de fazer essas piadas to eu aqui. De novo aqui. Sempre aqui. Eu eu eu. Sempre previsível e satisfeito. Sei lá. Espero que essa estratégia dê certo. É o que a gente sempre espera, não é?
E então, como tenho lá minhas necessidades, eu escrevo uma história bonitinha que inventei agora: no meio da rua o idiota pensa o que fazer. O brilho do farol do carro é tão bonito quanto o brilho do poste do outro lado da rua. Ele fica parado no meio da rua e o carro desvia dele. Ele acha que era o destino. O motorista do carro acha que ele era idiota. Eu, que via tudo, penso 'quem será que tinha razão?' Mas o Coimbra, que tá do meu lado, arremata: de noite sempre sobra culpados.
Eu concluo achando que o Coimbra é um gênio e que ele tem sempre razão.
Tô certo, não tô?

quarta-feira, novembro 21, 2007

Rascunho antigo.

Meu prazer é vulgar: quero ser escutado por minhas mentiras. Quero sim a coisa louca. Quero um sorriso estranho e desconhecido que me faça pensar naquelas coisas que evito pensar porque são coisas lindas e belas. Porque fujo da realidade. Mas preciso de um pouquinho de tudo, preciso de uma boca insegura que me diga 'sim sim continue'. Eu sou fraco, eu sou fraquinho, mas eu não me incomodo. Eu minto e desminto e sempre tenho algum prazer. De resto nem tudo é sobre isso e a confusão é sempre melhor que a realidade.

horóscopo.

Nem agora nem depois.
Seja como for não gosto dessas coisas e coisinhas.
Prefiro eu de cueca, coçando o saco e vendo o pau mudar de cor.
A velha vida simples de um catador de conchinhas.

http://blogdogalhardo.zip.net/


segunda-feira, novembro 19, 2007

quando o que você tem pra fazer é menos importante do que você não tem pra fazer.

Arranho a garganta de manhã. Só acordo mesmo depois que eu cuspo. Um catarro grosso e marrom depois de um pouco de insistência. Aí então posso começar meu dia: Café, cigarros, computador e outras mentiras. Fico de cueca o dia inteiro, me arrasto na casa e penso na bola da vez. Abro os livros e confirmo tudo: Desses aqui pega 3, começa com 3, depois vê. Depois, se der pé, você aumenta. Você não precisa resolver tudo agora. Tenha calma, é isso. 3 e depois vê. Então foi bem simples e fiquei sentado na janela vendo os caras que trabalham no prédio que tão construindo aqui do lado. Eles nunca param, isso é impressionante. 50 homens que nunca param. Qual será o problema deles, afinal?
Volto e dou meu blogue-tour. Porra. Ninguém atualiza as merdas dos blogues. Dos 30 que vejo, 3 no máx, são atualizados sempre. Saco. Meu amigo do blogue profundo não escreve há anos. Sinto saudades da raiva que eu sentia quando eu lia as merdas conscientes que ele escrevia.
Depois o outro giro de sempre: bunda nova, bunda velha, etc. Lembro da conta e pago a conta. Pena não poder andar de cueca por aí. Seria ótimo. Cada um de nós com uma única peça. Seria fantástico. Só gente de cueca em todos os cantos: bancos, teatros, parques, etc. Seria bom e bem mais simples. Na verdade tenho uma preguiça terrível de me vestir então sempre faço isso por etapas. Um cigarro e separo a calça, um e-mail que respondo e ponho as meias. E por aí vai. Chego a me trocar em 9, 10 etapas. Tudo bem devagar e com cigarros no intervalo. Uma maravilha.
Dou uma conferida no jornal que agora voltou à rede. Vejo lá as coisas e xingo mentalmente 3 ou 4 coisas que leio alí. Jornal tem umas manias estranhas. Acho que é sempre uma tentativa de furo, sabe? Todo jornalista escreve como se fosse a notícia mais importante do mundo. E nunca é, claro. As coisas importantes nem tão no jornal, não nesse pelo menos.
E agora descobri essa maravilha de alguém mais desocupado do que eu. Sinto me muito feliz quando isso acontece. É sempre bom se achar melhor que os outros. Na verdade nem levo isso à sério, mas acho divertido escrever esse tipo de coisa. Inclusive é por isso que escrevo o que escrevo. Só por isso. Eu ainda me basto com minhas velhas conchinhas.

sábado, novembro 17, 2007

17 de Novembro de 2007

Rio de Janeiro, Dia cinza e Bonito.
Estou sozinho depois de dias. Gosto de andar pra lá pra cá sem saber o que fazer. Coço a barriga, fumo um cigarro, coço de novo a barriga e cago em paz e de porta aberta. Uma maravilha.
Gosto de zanzar à toa e sair rapidamente pra comprar uma cerveja. Tudo bem lento e dependendo só de mim. A casa fica grande. Ando nu. Olho as paredes. Ponho um filme mudo que tem boa música ao fundo. Tudo bem lento.
Vejo o relógio. Posso decidir algo até as 20:00 ou mesmo desistir. É bom. Posso cozinhar calmo e sem pressa de comer. Só eu. Já são quase 19:00. Se decidir pelo sim terei que tomar banho as 19: 30. Mesmo na doce solidão tenho que reparar no relógio.
Mas enquanto isso fico aqui. Bem devagar. Vou e volto. Orkut, e-mail, projetinho di tinhatru, etc. As vezes é fácil se enganar. Sempre tenho 2 ou 3 idiotices importantes pra pensar. E sempre me basto. É essa a arrogância discreta que tenho: me iludo feliz e facilmente.

sexta-feira, novembro 16, 2007

C.

Agora tem uma louca aqui que fica falando coisas sem sentido e tudo que fala começa com maior. Ela faz interjeções e se mexe na cama enquanto eu escrevo aqui. A bunda impinada olhando pra mim e sorrindo enquanto eu escrevo. Ela pergunta porque eu to rindo e diz coisass como cortar o cabelo curto, bem curto que é pra ver se muda. A música tá alta e ela fica ali falando e falando sozinha, mas como se falassse comigo. Ela diz que não presta e sorri. Eu sorrio também. Ela quer que eu fale algo. Que eu seja algo. Ela dispara, se mexe, abre a janela. Fala e fala e fala. Banca a louca. Faz charme de louca. Ela gosta de saber que eu acho mulheres loucas. Ela se aproveita do que eu acho. (Ela olha pro nada deitada na cama. Ela olha muito tempo pro nada. Depois ela diz que o Cristo fica lá parado. Ela ri e resmunga mais e se compara com o Cristo que tá lá parado. Ela diz que acha o Cristo chato.)
Agora eu levanto a saia dela. Ela não reage e depois diz Fernando e abaixa novamente a saia que eu vou levantar de novo. Agora ela não abaixa, mas cruza as pernas em cima como se fosse Lolita e pergunta o que eu estou escrevendo. Eu tento olhar pra ela enquanto escrevo , mas nem sempre consigo. Eu olho pra ela e vejo ela. Ela rebola com a música. Rebola e fecha os olhos e sorri um pouco. Fica sem graça porque já entendeu o que eu estou fazendo. Não sabe se sim ou se não. Ela tá tímida, embora se esforce pra topar o jogo. É divertido de qualquer maneira. Ela para. Desiste. Não sabe o que pensa. Eu daqui faço minhas gracinhas e ela me olha sério como se pudesse enfim desvendar o que acha que poderia. Ela pega a garrafa e faz cena. Bebe no gargalo. Ela sabe da minha imaginação. Ela bebe lento e esconde o rosto atrás do travesseiro. Murmura mais umas coisas. Murmura e berra falando coisas que poderiam ser pra mim, mas que nem são necessariamente. Mulher gosta mesmo de sofrer, eu penso. Deliciosa que se esforça, eu penso. Ela pergunta o que eu estou escrevendo. Ela finge que não sabe. Ela me pede o cigarro que tá na minha boca. Ela senta no meu colo desajeitada. Ela fuma o cigarro como não fumante que é e diz que fuma o cigarro como maconha. Ela diz que travesseiro tá escrito errado. Vai na janela com meu cigarro. Faz pose na janela com o meu cigarro. Eu acendo outro. Ela fuma mostrando a fumaça; ela diz pra eu parar de escrever. Ela tira a calcinha. Ela ri. Timidez de esforço. É bom quando ela esquece. Esquece dela e ri. Esquece e ri. Sem melindres ela se expõe. Ela é uma menina como qualquer mulher é na hora séria. Semi nua ela fecha os olhos. Ela faz um gesto de quem me chama e eu não vou. Ela sorri e diz que saco. Ela ri. Mostra e não mostra e fecha a janela. A saia sem calcinha tampa. Ela de quatro se escondendo e sendo contraditória como deve ser. Põe o pé em mim que tá gelado. É louca como deveria ser. O bom é quando eu olho pra ela e ela se vende. Ela me ataca, ela quer que eu saia daqui e eu não saio porque assim que é. Morde meu pescoço sentando atrás de mim. Segura meu pau e faz pequenos sussurros de loucura medida de quem quer e não sabe. De quem imagina e não lembra. Esconde-se pra ver o que eu escrevo. Me puxa,

http://www.mirancartum.blogspot.com/


Do Sosfisticado Miran.

Tem 3 blogues ele.

Nesse linkado se acha os outros.

quinta-feira, novembro 15, 2007

"Não sei se toco punheta
ou se ligo pra uma mulher.
As vezes é difícil
saber o que se quer."


VOCÊ É CHATINHA E MAIS OU MENOS PREVISÍVEL. FAZER O QUE. QUE DANE -SE EU ACHANDO ISSO E VOCÊ SENDO O QUE É. NOSSO JOGO É SEMPRE ZERO À ZERO E A GENTE GOSTA DE SE IGNORAR. A GENTE GOSTA DE PENSAR QUE NÃO PRECISA DE NADA. A GENTE GOSTA DE MENTIR À SÉRIO. SEJA QUAL A MOTIVAÇÃO FOR. CLARO QUE, COMO SEMPRE, PREFIRO A MINHA MENTIRA, SIMPLESMENTE PORQUE PREFIRO A MIM MESMO. A SUA MENTIRA AINDA ME PARECE FALTA DE SABER, FALTA DE VONTADE E MOTIVAÇÃO PRA DIZER: SIM SIM, ESSA É A MERDA QUE SOU. FALTA DE INVENTAR O QUE SE QUER. SEI LÁ.
VOCÊ SOME AGORA PORQUE VOCÊ SOME SEMPRE E PORQUE SUMIDA VOCÊ AINDA ACHA O QUE ACHA SOZINHA. VOCÊ GOSTA DE ESTAR SOZINHA NÃO POR SABER O QUE QUER, MAS POR NÃO PRECISAR SABER NADA E SER SÓ RESTO DE RESTO DE ABANDONOS. SER ABANDONADA É SEMPRE TRISTE. SER TRISTE É SEMPRE LEGAL NO NOSSO MEIO. PORQUE PARECE QUE É PROFUNDIDADE. É UM JEITO DE ADAPTAR. É UM JEITO MARAVILHOSO DE SE ADAPTAR. E SE ADAPTAR PODE SER NEGAR TUDO E DIZER 'EU NÃO ME ADAPTO'. É OU NÃO É FARINHA DO MESMO SACO? DECIDE VOCÊ.
VOCÊ QUE QUERIA TER CACHORROS POR SEREM MAIS SUBMISSOS, MAS QUE RESOLVEU TER GATOS POR SEREM MENOS AMIGÁVEIS. VOCÊ QUE INVENTOU SEU NOME A PARTIR DE UMA COMBINAÇÃO LOUCA DE ASTROS E ORIXÁS E SE REBATIZOU ACHANDO QUE SEU NOME MUDARIA TUDO. E NADA MUDOU E VOCÊ CULPOU AS CIRCUNSTÂNCIAS. AS SEMPRE E REPETIDAS CIRCUNSTÂNCIAS.
VOCÊ QUE SEMPRE GOSTOU DE VER OS FILMES ESTRANHOS E SEMPRE ACHOU QUE OS ESTRANHO ERAM MAIS AUTÊNTICOS POR SEREM ESTRANHOS. POIS HOUVE UMA ÉPOCA EM QUE VOCÊ PENSOU UMA COISA BONITA E MESMO ASSIM VOCÊ ACHOU QUE PENSAR ISSO ERA UMA COISA ADOLESCENTE QUE NÃO DIZIA MAIS RESPEITO A MULHER TRISTE E PROFUNDA QUE VOCÊ INVENTOU. SUA PROFUNDIDADE DE MERDA E SUA TRISTEZA PREVISÍVEL. CADA VEZ EU ME PAREÇO MAIS COM VOCÊ.
CADA VEZ MAIS VEJO SUAS PERNAS FINAS COMO DISTRAÇÃO DE HOMENS EFEMINADOS QUE SÃO OS HOMENS QUE VOCÊ GOSTA DE COMER. OS HOMENS MEIO BICHAS QUE LEVAM À SÉRIO SUA PROFUNDIDADE DE MERDA E SUA TRISTEZA PREVISÍVEL. OS HOMENS QUE VOCÊ IMAGINA QUE SERIAM A SUA MÃE SE ELA NÃO TIVESSE NASCIDO MULHER. SUA MÃE QUE, POR SINAL, ME PARECE SER VOCÊ EM TRAJES AINDA PIORES, COM MAIS ASPECTOS MASCULINOS E MAIS FUGAS FÚTEIS. SUA MÃE QUE AMOU DEMAIS PRA DESCOBRIR QUE O AMOR NÃO EXISTE. SUA MÃE QUE TEVE FILHOS E OS TRATOU COMO IDIOTAS QUE NÃO PRECISAM SABER DE NADA. SUA MÃE GOSTOSA E INDEPENDENTE. SUA MÃE CHEIA DE CORAGEM QUE TAPA O CÉU(REPARE QUE É O CÉU E NÃO O SOL) COM A PENEIRA.
E EU AQUI QUERENDO QUE ELA MORRA COM O MALDITO MEDO QUE ELA LHE FEZ SENTIR. EU AQUI ACHANDO QUE VOCÊ TALVEZ TIVESSE JEITO SE NÃO ACHASSE QUE REALMENTE A VIDA É RUIM. EU AQUI NUMA NOITE QUALQUER, MAS QUE NÃO É A MESMA NOITE DE ANTES. NÃO POR NADA, MAS PORQUE VOCÊ CONTINUA SEGUINDO AS ESPECULAÇÕES QUE EU ACHAVA. PORQUE VOCÊ É A COISA MAIS ÓBVIA POR TENTAR SER TÃO DIFERENTE E FORA DE PADRÃO. PORQUE VOCÊ SORRI POUCO QUANDO FALA DAS SUAS DESGRAÇAS. PORQUE VOCÊ CHORA PELA DOR QUE É SUA E QUE JÁ DEVERIA TER SUPERADO. PORQUE VEJO QUE VOCÊ NÃO SOU EU E PORQUE SEI O QUE SEMPRE SOUBE: VOCÊ NÃO SOU EU E NEM PODERIA SER. VOCÊ É A MULHER DE VIDRO COM OLHOS DE PEDRA QUE BRINCA DE BONECA PRA SE DISTRAIR.

quarta-feira, novembro 14, 2007

E tenho dito.


para os bem humorados.

Se você não entende que Deus não dá asas à cobra, eu não posso fazer nada.
Mas mesmo assim,
faço questão de deixar bem claro:
Eu sou Deus
e você é a cobra.

terça-feira, novembro 13, 2007

de 12 pra 13.

Eu gosto do asfalto cinza numa noite de chuva.
A prata opaca que ele faz com as luzes dos postes.
É uma imagem bonita quando você está bêbado no meio da noite.
A cidade se acalma com a chuva.
Eu gosto disso:
1 - os carros passam em menos números,
2 - a aderência frágil dos pneus na chuva.
E hoje foi um dia longo de uma chuva insistente.
Foi um dia bom.
E na madrugada a chuva é sempre mais amena.
-
Vendo o mundo rodar é bom lembrar que ele nem sempre roda da mesma maneira.
Cada um se satisfaz com o que pode.
Eu me satisfaço com isso.

o dia em que lemos buk juntos.

Meus olhos ficando calmos. Vejo tudo e penso que não estou louco. É tão bom pensar isso. Faz sentido aquilo lá que pensei. Acho que é apenas isso que quero. Sou simples, como sempre digo.
E a gente lê junto. Só isso. Só lê junto. Todo mundo com o papel na mão. Uma cervejinha por sugestão que é porque faz mesmo sentido. Era o que eu fazia quando pensava que poderia estar louco. Mas hoje descobri que nem estou louco e que acho melhor assim.
O Bukowski que já tinha surgido pra mim. O Bukowski que saquei que seria bem compreendido por eles. Por eles que quero que gostem de mim porque gosto deles. O Bukowski compreendido na sua ternura louca e bêbada. Compreendido sem viadagem, sem sacanagem. O Bukowski bom pra caralho como é. Mais surpreendente e mais sensível do que imagina a média idiota de leitores de Clássicos. Etc. Tanto faz.
É que vendo, ouvindo e lendo a coisa eu vi que eu tinha razão. E eu gosto de ter razão. Não por nada, mas porque é bom e porque com eles, e só com eles, era importante que eu tivesse razão. Era a confirmação de que não é de um lado só. Porque tenho essa mania. Porque gosto de me sentir contemplado por quem me contempla. É meu velho sistema. Simples e óbvio. Previsível e encantador.
E a cada nova rodada era uma certeza que eu queria ter e tive. Teve uma hora que fiquei discreto e via os rostos dos outros. É como se eles concordassem comigo. Aquela merda toda do velho BUK é de uma beleza sem fim. E eles entenderam a merda e eles entenderam a beleza. Acho que eles entenderam tudo. E, nesse sentido, eu também entendi. Não estar só, as vezes, é tudo que se precisa.

segunda-feira, novembro 12, 2007

http://blogdogalhardo.zip.net/

domingo, novembro 11, 2007

sobre as mulheres.

gosto de falar coisas bonitas para mulheres, mas falo pouco. é que elas confundem ternura com eternidade. é que toda e qualquer mulher quer sempre mais. elas sempre querem mais. e o peso disso nem dá. nem rola. não pra mim que sou simples e previsível. sei dos meus limites e conto deles pra elas. mas mesmo assim elas sempre acham que me dobram, sempre acham que com calma me fazem mudar de idéia. talvez elas estejam certas, não sei. mas não gosto que elas esperem de mim coisas que não posso dar conta. até porque tenho lá meu moralismo e não gosto de ser responsável por mágoa alguma. ainda mais por mágoa de mulher que eu gosto, que me dou bem.
e todas elas são loucas e fantásticas. todas elas têm a cabeça cheia de problemas da musiquinha do roberto. umas coisas que elas têm e que você resolve. umas coisas simples que só precisam ser desditas. é tão bonito ver elas sofrerem por coisas que você sabe que dá jeito.
e gosto de estar com uma mulher e me dedicar e ficar com ela horas e horas sendo um que não sou eu na vida real, mas que sou eu com ela, com ela alí, daquele jeito que uma mulher fica quando está comigo. pois gosto de me sentir único nessas horas e espero isso delas também. a recíproca é quase sempre verdadeira.
e adoro os beijos na boca e o esforço pelo encaixe perfeito. adoro quando elas saem de si mesmas e esquecem o bom tom.
numa noite fria uma boa mulher é melhor que cobertor, não é adoniran?

sobre o alcóol.

tomando cervejinhas pra suportar a vida triste. o alcóol ajuda a segurar o rojão e ver as coisas com mais complacência. os idiotas dizem que isso é vício. eu não acho. isso é necessidade. pode não parecer, mas são coisas diferentes. não se trata de morrer para o alcóol, mas de viver melhor com ele. ele alí, uma muletinha eficiente para alguns momentos. é claro que a decadência do alcóol é uma merda e isso ninguém quer. é uma pena perder um leminski por conta disso, por exemplo. ainda mais ele que era produtivo mesmo sem o alcóol.
e há qualquer coisa nas pessoas que não bebem que sempre me dá angustia. uma gente seguindo a vida ditada por um pensamento prévio e pró. uma gente que não tenho vontade de conhecer. meu pai sabe disso. toda vez que digo que vou apresentar alguém pra ele vem sua eterna e sábia pergunta: - mas ele bebe, não bebe?
claro que há os bêbados desagradáveis, assim como há os sóbrios desagradáveis. se alguém é chato não é por culpa do alcóol. é porque é. gente chata é um fenômeno sem explicação. o alcóol é bom, mas não faz milagres. pode até iludir. mas o apreciador decente do alcóol gosta da ilusão dele justamente por saber que é ilusão. nada de misturar alhos e bugalhos. você vê a coisa e pensa: que bom estar bêbado pra ver essa coisa assim, do jeito que nem é.
e solta um arroto de cerveja e coça a barriga. a vida tem lá seus encantos.

sexta-feira, novembro 09, 2007

planos para sexta a noite.

Nem quero conversar com ninguém hoje se é que você me entende. Vou cair fora, dar uma volta, tomar uma cerveja. Com sorte ainda como uma buceta de alguma mulher feia e generosa. Não quero te contar aquelas coisas todas pra que fique feliz ou triste. Nem quero mais falar com você e sua boca mole que não fala alto nem baixo. Vou rodar aí e com sorte só encontrarei desconhecidos. Só gente feia, só gente burra, só gente que não chama atenção. Eu vou sentar num canto, beber sozinho, olhar o mundo e sentir desprezo. Meus prazeres ainda são os mesmos.

quinta-feira, novembro 08, 2007

diversão de nerd -

Senta na minha cara

e eu chupo tua buceta,


olhando pra cima e

pegando nas tetas.



Teu corpo branquinho


ficando rosado

meu pau mais duro

apontando pro lado.

Põe a mão pra tras,

faz carinho na cabeça:
passa os dedos no prepúcio

antes que ele amoleça.

Mas ela não tem coordenação:

quando é chupada
não consegue
usar a mão

quarta-feira, novembro 07, 2007

e quem não for é mulher do padre.

(esse é o texto que escrevi pro programa da peça. o programa acabou, mas a peça continua.)
Toda atrocidade é feita em nome do bem. Quase toda guerra é santa e/ou combate a injustiça. Tudo de podre que já se fez foi sempre com um intuito positivo. E ser positivo tá na moda e pega bem.

E é com essa atitude pró que surgem um monte de ongs e instituições que pretendem ‘ajudar o próximo’. E é com o discurso do bom cristão que fazem várias canalhices. É quase clássico.

Muito se fala sobre as maldades cometidas e o bicho homem tem sempre aquela louca necessidade de explicar o mal. É só uma mocinha bem educada matar os pais e todas as teorias são formuladas. (E na verdade essa coisa de filho matar pai é muito antiga e comum e quase démodé). Mas de qualquer maneira é mesmo encantador imaginar a mocinha tão bonitinha chegando à conclusão fatal: ‘sim, sim, devo matar papai e mamãe’.

É claro que matar papai e mamãe é um exagero e tudo o mais, mas sempre há as pequenas maldades que são fontes de prazer. Fazer cachorrinho rosnar, queimar formigas com lupa ou pôr sal em lesmas são coisas que toda criança saudável faz ou deveria fazer. E acho que ninguém duvida que assassinos também sentem prazer em suas ações, ainda que a culpa possa aparecer depois.

Mas a propósito acho que todos já repararam que a moça que vende cerveja na TV é mesmo muito gostosinha.


Daqui de dentro com a cara virada ao avesso e a boca pra fora dos lábios e os beijos secos que só se encaixam com muito esforço. Dentro dela o inferno bonito que a mulher carrega. É claro que a Bíblia tem razão quando diz que são elas que carregam o pecado.

terça-feira, novembro 06, 2007

http://blogdogalhardo.zip.net/


Ps. Veja o anexo.

Eu via os olhos dela com um tipo de vontade e um tipo de desejo. Isso bem antes lá no início. Depois era aquele amor complacente de pai dos filhos e tal. Ela aceitava meus defeitos e achava que era nobre por isso. Talvez fosse, não sei. Mas nem me comovia.
Eu nunca mudaria ao longo de anos e era isso que ela nunca admitiria. Eu seria sempre aquilo que eu já era. Isso matava ela. Ela queria que eu mudasse por causa dela e eu queria continuar quem eu era por causa dela também. Ela nunca me entenderia. Eu também nunca entenderia ela. Era triste, mas a gente levava adiante e, as vezes, apenas as vezes, fazia esse tipo de sexo incrível que só se faz raramente.
E é claro que tudo iria mudar. O tempo parece idiota, mas ele tem lá suas coisinhas. Fica alí, passando como quem não quer nada, mas tem lá o seu cinismo. E tudo muda sempre, né? E tudo mudou.
E é claro que não mudou assim como nos filmes. Mudou devagar e sem nenhum acontecimento especial. Mudou de forma patética que é como sempre, ou quase sempre, acontece. E nem foi um choque. Foi triste, é claro que foi, mas não foi um choque. Não mesmo. Infelizmente.
Pra mim foi quando eu te liguei e te disse que queria te ver e você não quis. Pra mim foi assim. Uma situação idiota que me trouxe a certeza que eu já tinha. Acho mesmo uma pena que não tenha havido escândalos no fim de tudo. Acho mesmo uma tristeza que tudo tenha sido tão lento e gradativo como foi.
Mas isso não importa e importa o que continua. Umas coisas boas que eu trago e que nem me fazem ser o cara triste que talvez eu fosse. Umas coisas que saquei e que você nem faz idéia. Umas coisas que já eram eu, mas que foi você que descobriu. Umas coisas que, na verdade, você nem aproveitou. Uma pena.

segunda-feira, novembro 05, 2007

http://depositodocalvin.blogspot.com/


domingo, novembro 04, 2007

Flap.

Onde eu estava com a cabeça? Ver o inferno de olhos tão abertos não se deve. Sentir o fogo tão próximo também não. E agora como vai ser? De novo o gelo, de novo as capas? De novo o céu correto e monótono? Há coisas que não se devem experimentar. Que não se deve nunca saber. Agora o meu sangue sabe dessas merdas loucas e deliciosas que existem. Agora o meu sangue fica mais quente só de lembrar do inferno e dos sons loucos dos cantos antigos.

sábado, novembro 03, 2007

à uma moça deselegante.

Não sofra muito nem pouco. Uma mocinha decente deve saber sofrer na medida certa. Moças que não sofrem também não são confiáveis. Sofra de um jeitinho assim, olhando assim, querendo assim. Sabe? Os meninos adoram essa coisinha de mulher. Essa coisinha alí, no meio das pernas, que chora também.

Frase do Coimbra:

Essa gente de hoje não sabe dançar. Sabe como eu aprendi a dançar? Sabe? Com puta! Puta que ensina a dançar! Que Carlinhos de Jesus, que nada! Puta, puta! Em cabaré! Carlinhos de Jes...!

sexta-feira, novembro 02, 2007

pergunte ao querido fernandinho.

Fique com as suas tristezas que eu fico com as minhas. É melhor assim. Nada de compartilhar desgraças. E também guarde as suas alegrias. Não há sentido em dividir as coisas raras. Essa idéia de dividir certas coisas com os amigos, ou com os queridos, ou com o diabo a 4, não faz sentido. Divida um Whisky que ganhou no ano novo, mas não divida essas outras coisas. É desperdício. A gente entende muito mal de nós mesmos e menos ainda dos outros. Não por culpa de um ou de outro, apenas porque é assim e porque sempre que contamos uma pérola percebemos que ela nem é tão pérola assim. E sabe? Essa desilusão que os outros trazem não vale a pena. Não por nada, mas porque sua pérola particular tende mesmo a te abastecer mais do que aos outros. Cada um com seus calos e cada um com suas pérolas. Há tantos prazeres solitários que não precisam de divisão: uma cagada depois de a ter inibido, uma foda fantástica com uma desconhecida que nunca mais verá, um livro que você leu e achou que entendeu o mundo, um filme de super herói americano que te fez chorar, etc. Você pode até comentar essas coisas com um amigo, mas não queira que ele entenda. Ele nunca entenderá. Ninguém nunca entenderá. É só você, sozinho, na solidão do seu umbigo, que é capaz de se aproximar dos motivos que fazem você ser o que é. E mesmo assim a gente mesmo não se aguenta.
(Nessa hora eu lembro das pessoas que me acham pessimista. Eu não me acho pessimista. É só uma questão de ironia. Não sei se sei explicar, mas é mais ou menos assim: você brocha com uma mulher, certo? E sente o peso disso e a desgraça toda. Mas você não se considera um brocha. Você acha que aquilo aconteceu alí e que não vai acontecer de novo. Você sabe que seu pau ainda pode ficar duro e fica feliz por causa disso. Pra mim otimismo é isso: perceber que cedo ou tarde você terá uma nova ereção.)
A vida é sempre vasta e alegre e triste e triste de novo. A gente segue adiante porque a morte continua sendo uma desgraça. Melhor vivo do que morto, melhor de pau duro do que mole. Cada um segura o rojão como pode e cada um queima os dedos como agüenta. A gente se repete e a gente se adora e a gente é sempre incompreendido.
Fique onde está e não olhe pro lado, a vida é melhor assim.

(acabei de reler e achei que é um texto messiânico da porra. dane - se. não é assim que funciona?)

porque escrevi essa frase numa carta e gostei.

Ser um canalha é fácil. Foda é ser um canalha sem culpa.



Um sonho desesperado onde eu não conseguia ficar em pé e chorava copiosamente. Ela falava coisas ruins e eu perguntava pra ela porque ela tava falando aquilo e ela apenas ria e ria.


café e cigarro

café e cigarro

viver é um grande sarro

quinta-feira, novembro 01, 2007

(porque as coisas são simultâneas e a loucura é coletiva)
As loucas atacam porque assim elas querem e porque assim elas são. Gente vaidosa até os ossos e que se faz de desentendida. Cada um escolhe o que quer mentir para si mesmo. É muito triste que o mundo seja maior que o nosso umbigo, disso eu também sei, só que eu não infernizo ninguém por saber disso. As loucas defendem seus direitos de dizer coisas que eu não quero ouvir, defendem seus desejos não realizados como falta de generosidade alheia. Inventam um bode expiatório pra serem vítimas mais plenas: é uma velha tática de guerra isso, não é? Com um inimigo pra culpar eu posso fazer quase tudo: castrar uma criança ou destruir um país.
E eu apenas aqui, tocando minhas merdinhas e nem pensando nessas coisas que essas loucas supõem que eu penso. Estratégias velhas de recuo e aproximação que já deram o que tinham que dar. Você nem sabe o que eu sou, você nem sabe o que eu penso, você só conhece aquilo que mostrei, com mais ou menos mentiras.

Diversão de Nerd: das boas.

Torto e com a cabeça virada,

minha vida é uma parada.

Faço agora esse versinho pop

que é pra ver se tenho ibope.

Falo o que sempre falo,

mas me esforço pra ter rima,

foi quando o sapato apertou meu calo

que vi que o buraco é mais em cima.

E agora noto que fugi da métrica,

e penso em como esconder esse erro.

Acho que é só puxar a puta pelo cabelo

e meter de costas na mesa de sinuca.

Melhor mentir do que estar morto,

sempre prefiro um bom fingimento.

um bloguezinho pra forjar um porto

e uma mulher generosa no meu apartamento.

Renatinho pode me salvar.

Caralho! Tinha escrito um texto manero. Desses que depois que escreve a gente lê e gosta. E aí, na hora de publicar, o blog pediu minha senha e e tentei voltar e era tarde demais. A merda do blog comeu meu texto. Já era. Nunca mais. Até arrisquei escrever de novo, mas nem rola. Ainda mais assim, um textinho corriqueiro que teria o nome de 'relatinho'. É uma pena, mas dane-se. Tenho coisas mais divertidas pra sentir raiva.